Autismo e Asperger
A maioria deles nasce normal, alguns até espreguiçam e choram na maternidade como todos os bebês sadios, mas já nos primeiros meses de vida, às vezes até os cinco anos, começam a surgir os sintomas de um fenômeno doloroso que os especialistas discutem e não conseguem explicar.
São estranhos comportamentos de crianças que perdem a fala, são incapazes de olhar as pessoas e isolam-se cada vez mais num mundo misterioso e impenetrável – o mundo do autismo. Do grego autos, que significa ele mesmo, de si mesmo. Uma síndrome ou doença até hoje incurável.
Suas causas confundem os profissionais, suas consequências atormentam os pais, que em seu desespero iniciam uma interminável peregrinação aos consultórios e unem-se em associações numa incansável luta pela recuperação de filhos queridos mas imprevisíveis e distantes. De origem psicológica ou orgânica – as teorias são muitas, as receitas multiplicam-se – o resultado é o mesmo: sofrimento e dor, angústia e esperança.
A estimativa é de 4 autistas para cada grupo de 10 mil pessoas (cerca de 65 mil no Brasil) e a maioria é de meninos, na proporção de 3 para cada menina. Pouco se sabe a respeito de autistas adultos, a explicação para isso é simplista, mas pode ser verdadeira: os autistas eram confundidos com “débeis mentais “.
Resumo
A incapacidade muito acentuada de desenvolver relações interpessoais nos cinco primeiros anos, caracteriza-se por uma falta de reação e de interesse pelos outros, sem comportamento de apego normal.
Essas dificuldades se manifestam na primeira infância: pela ausência de uma atitude de antecipação (ao dar colo a essas crianças, elas assumem uma postura rígida, ao contrário do esperado); pela ausência de contato visual e pela ausência de resposta de sorriso e de mímica. A criança autista não utiliza o contato visual para chamar a atenção, além disso, há ausência, atraso ou cessação do sorriso, em resposta aos sorrisos dos outros. É indiferente aos outros, os ignora e não reage à afeição e ao contato físico.
Ausência de apego seletivo: a criança parece não distinguir os pais dos adultos estranhos.
O autista se comporta mais frequentemente como se estivesse só, como se os outros não existissem. Mais ainda, as crianças autistas não procuram ser acariciadas ou reconfortadas pelos pais quando tem dor ou quando tem medo. Às vezes, elas se interessam por uma parte do outro, sua mão, um detalhe do vestuário.
Na primeira infância existe inaptidão a brincar em grupo ou a desenvolver laços de amizade; mostram pouca emoção, pouca simpatia ou empatia por outro. À medida em que crescem (cerca de 5 ou 6 anos) pode se desenvolver uma maior ligação, mas as ligações sociais permanecem superficiais e imaturas.
As 14 características (sinais) abaixo apresentadas, são a principal fonte de informações na qual se baseiam hoje em dia, médicos, pais e educadores, para diagnosticar o autismo. A apresentação de 7 destas características podem indicar a síndrome.
- A criança não se mistura com outras crianças.
- Age como se fosse surda.
- Resiste ao aprendizado.
- Não demonstra medo de perigos reais.
- Resiste a mudanças de rotina.
- Usa pessoas como ferramentas.
- Tem risos e movimentos não apropriados.
- Resiste ao contato físico.
- Apresenta acentuada hiperatividade física.
- Apega-se de maneira não apropriada aos objetos.
- Gira objetos de maneira estranha e peculiar.
- As vezes, a criança é agressiva e destrutiva.
- Não mantém contato visual, olha as pessoas “atravessado”.
- Isola-se, tem comportamento indiferente ou arredio.
Não custa lembrar que qualquer criança “normal” pode apresentar esses sintomas e comportamentos, então não leve isso ao pé da letra. Isso encontra-se aqui para que possam ter uma ideia apenas, na verdade eu não gosto muito desse tipo de teste, acredito muito a individualidade de cada criança, trato cada uma delas como o ser único que são. Não trato de autistas, trato de crianças. Não trato patologias e sim seres humanos especiais, cada um merece sua própria terapia, pois é único. Isso é importante se levar em conta, ele é único apesar de qualquer característica em comum.
1. O recém nascido
- parece diferente dos outros bebês;
- parece não precisar de sua mãe;
- raramente chora (“um bebê muito comportado”);
- torna-se rígido quando é pego no colo;
- às vezes muito reativo aos elementos e irritável.
-
não pede nada, não nota sua mãe;
-
sorriso, resmungos, resposta antecipada são ausentes ou retardados;
-
falta de interesse por jogos, muito reativo aos sons.
- não interessado por jogos sociais;
- quando é pego no colo, é indiferente ou rígido;
- ausência de comunicação verbal ou não-verbal;
- hipo ou hiper-reativo aos estímulos;
- aversão pela alimentação sólida;
- etapas do desenvolvimento motor irregulares ou retardadas.
- indiferente aos contatos sociais;
- comunica mexendo a mão do adulto;
- o único interesse pelos brinquedos: consiste em alinhá-los;
- intolerância à novidade nos jogos;
- procura estimulações sensoriais como ranger os dentes, esfregar e arranhar superfícies, fitar fixamente detalhes visuais, olhar mãos em movimento ou objetos com movimentos circulares;
- particularidade motora: bater palmas, andar nas pontas dos pés, balançar a cabeça, girar em torno de si mesmo.
- ausência de contato visual;
- jogos: ausência de fantasia, de imaginação, de jogos de representação;
- Linguagem limitada ou ausente – ecolalia – inversão pronominal;
- anomalias do ritmo do discurso, do tom e das inflexões;
- resistência às mudanças no ambiente e nas rotinas
Quando um bebe ou criança não abraça, não fixa seu olhar nos olhos de outros (não estabelece contato visual) ou não responde a demonstrações afetivas ou ao tato, seus pais se preocupam seriamente. Esta falta de resposta pode estar acompanhada de inabilidade para comunicar-se e de uma incapacidade para estabelecer algum tipo de Inter-relação social. Muitas crianças não demonstram ter preferência por seus pais em relação a outros adultos e não desenvolvem amizade com outras crianças. A capacidade para falar e comunicar-se com outros é muito pobre e, em certas ocasiões não existe. Estas crianças não utilizam as habilidades verbais e não verbais, como expressões faciais ou gestos, como veículo de comunicação e relações interpessoais. Quando uma criança apresenta estes sintomas, um dos diagnósticos que o psiquiatra irá considerar será o de autismo infantil.
A criança autista não desenvolve relações normais com os objetos que a rodeiam. Demonstra relações extremas para com os objetos, que tanto podem ser uma total falta de interesse, como pelo contrário uma preocupação de forma obsessiva para com eles. Por exemplo, a criança autista cuja cama é trocada de lugar em seu mesmo quarto, pode reagir com espanto através de choro ou gritos. Objetos que se movem ou giram, por exemplo, o movimento de um ventilador elétrico, podem fascina-la. A criança pode formar um vínculo pouco comum com certos objetos inanimados, como uma corda, uma tira de borracha ou um braço solto de um boneco, etc.
Outra característica do autismo infantil é a tendência de levar a cabo atividades repetidas de alcance limitado. Se pode ver a criança dar voltas ou efetuar movimentos rítmicos do corpo como dar palmadas ou movimentar circularmente as mãos. As crianças autistas que apresentam um nível de funcionamento mais avançado podem repetir quase automaticamente os anúncios comerciais que vêem na televisão, ou também executar rituais complexos na hora de deitar-se. Aqueles pais que suspeitam de autismo em seus filhos devem pedir a seu médico de família ou pediatra que lhes indiquem um psiquiatra infantil. Este pode diagnosticar com maior certeza o autismo, determinar seu grau de severidade, e, alem disto, recomendar um tratamento adequado.
O autismo é uma doença. A criança autista pode ter um problema sério e incapacitante, de caráter permanente. Sem dúvida, com tratamento e treinamento apropriado algumas crianças podem desenvolver certas destrezas que lhes permite obter um maior grau de independência em suas vidas. Os pais devem estimular e apoiar a criança no desenvolvimento daquelas destrezas, principalmente nas que ela use suas habilidades, de maneira que possa sentir-se melhor consigo mesma. Deve-se procurar ajuda profissional para tratamento e acompanhamento do autista e seus familiares. Além de trabalhar com a criança autista, o profissional pode ajudar a família a resolver situações de tensão, como, por exemplo, o sentimento que tem os irmãos de que estão sendo abandonados e de que seus pais preferem a criança autista, ou sentir-se envergonhados para trazer amigos a sua casa. O profissional pode ajudar aos pais com problemas emocionais que podem surgir como resultado de ter que conviver com uma criança autista. Também ajuda-los a providenciar um melhor ambiente em que seja possível oferecer o cuidado carinhoso e estímulo necessário para obter uma melhor aprendizagem.
Há dez anos trabalho em uma instituição com crianças e adolescentes com deficiência, muitos deles são autistas, ou tem a síndrome de Asperger (logo a classificação internacional de doenças CID, mudará e unificará as duas patologias com um único nome). Nesse tempo pude observar algo valioso, podemos ter “Esperança”!
Tenho obtido muito sucesso no tratamento de autistas, através da psicoterapia lúdica e a da acupuntura auricular. Em geral não se consegue fazer a acupuntura auricular nas primeiras sessões, pois os mesmos não gostam do toque, porém, a partir do momento em que criamos vínculo com eles, podemos ver o quão fantásticas são as alternativas que um autista tem para viver um vida muito próxima do “normal”
Costumo dizer, que os melhores remédios para se lidar com autistas, são, paciência e amor! Com o tempo conseguimos observar, que eles também começam a demonstrar carinho e amor por nós, pelo simples fato de se sentirem bem conosco, por se sentirem também amados. Eles nos devolvem aquilo que damos a eles, do seu modo é claro, mas se formos observadores veremos que eles podem evoluir muito e isso me dá a cada dia mais ESPERAÇA!
Rafael Leitoles Remer Psicólogo em Curitiba
Realizo essa estimulação para com “autista” no meu consultório também, mas abaixo deixo o contato da ONG que trabalho e faz esse trabalho gratuitamente para quem não tem condições de pagar esse tratamento.
Atenção: centro de reabilitação gratuito que trata de autistas em Curitiba: www.abracce.org.br
Essas entrevistas foram realizadas na ONG:
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Depressão
“A DOR DE EXISTIR”
Que o meu sorriso era sincero
Sou tão cínico às vezes
O tempo todo
Estou tentando me defender
Digam o que disserem
O mal do século é a solidão
Cada um de nós imerso em sua própria
arrogância
Esperando por um pouco de afeição”
Renato Russo
Quem nunca se sentiu tentado a não sair da cama de manhã?
Tristeza? Melancolia? Baixo-astral? Depressão?
Dizem que o mal do século XX e do começo do século XXI é a depressão, como foi à tuberculose no século XIX. Mas de fato, hoje, pode-se reconhecer a alta incidência de depressão e sua importância clinica.
A depressão não é simplesmente uma doença, é também um estado de espirito a que todo mundo está sujeito, em maior ou menor espaço de tempo, maior ou menor frequência, sendo assim, ela é um “objeto” palpável da nossa consciência, e, devemos aprender a conviver com ela, portanto, o primeiro passo é compreendê-la.
Na depressão, a pessoa fica com o humor para baixo, sente-se triste, apática, angustiada, ansiosa. Cai o nível de energia, aparecem o desânimo e a dificuldade de sentir prazer na vida como antes, inclusive sexual. Ocorre uma lentificação psíquica e física, paradoxalmente associada a desassossego quando a ansiedade for intensa. Fica difícil concentrar-se, a memória falha, o raciocínio não flui mais. A mente é invadida por uma onda de pessimismo de ideias e de preocupações negativas. Surgem sentimentos de culpa, insegurança, medo, inutilidade, solidão, burrice, inadequação, fracasso, baixa autoestima e falta de sentido. Tudo é avaliado de uma visão negativa distorcida: passado, presente e futuro. Podem aparecer pensamentos de morte e alucinações. Ocorrem alterações de apetite e/ou peso. O tempo de sono pode aumentar ou diminuir, mas o sono deixa de ser reparador. Frequentemente a queixas de dores e de mal-estar físico, resultando em várias visitas médicas sem sucesso antes de se diagnosticar depressão.
Em linhas gerais, a depressão pode ser entendida como um estado de humor disfórico (para baixo), onde ocorre a perda de prazer de quase tudo que se faz. Os sintomas podem ser inicialmente psicológicos, como indecisão, irritabilidade, falta de capacidade de concentração, insônia ou excesso de sono, sentimento de profunda infelicidade, e por aí vão.
Alguns sintomas psicológicos e emocionais que identificam a depressão são a perda de interesse pela vida, queixas somáticas, retardamento mental e motor, falta de energia, perspectiva de futuro bloqueada. Perceba que esses sintomas clássicos são, na maioria das vezes, mascarados por outras condições, tais como fobias, insônia e abuso periódico de álcool.
As pessoas da sociedade atual são mais vulneráveis à depressão do que sempre foram, por isso, uma incidência tão grande nos dias atuais. Seria interessante neste momento, cada um de nós pararmos um pouco e refletirmos… o que mudou tanto a ponto de formar pessoas depressivas, desde a infância até a velhice.
Não estou lhes dando a resposta, pois eu também não a tenho, infelizmente, mas nota-se que as mulheres estão em maior risco de ansiedade e depressão do que os homens e que uma grande porcentagem de mães apresenta de leve a moderada depressão. As mulheres descrevem maiores níveis de experiências depressivas associadas com assuntos de dependência, assim, sentem um maior desejo de serem amparadas. Em ambos os sexos, a intensidade do desejo de ser amparado está relacionada com a dependência. Você deve estar pensando: Dependência? Dependência de quê? De quem? Mais um momento para reflexão, pense… este é um ótimo exercício para livrar-se e prevenir-se da depressão.
Depressão: Ter ou Não Ter?
Ao ler o titulo acima deve vir-lhe a cabeça: esse sujeito é maluco! Seria possível escolher ter ou não depressão?
Calma, deixe-me explicar!
Podemos sim, prevenir a depressão quando não a temos e reduzir muito seus sintomas quando a temos, com medidas simples, mas que parecem uma tortura para quem tem depressão. Vou falar um pouco sobre elas, sem, é claro, ter a pretensão de lhes dar uma lista de dicas para livrar-se da depressão como fazem as revistas fofoca com suas dietas milagrosas…
Podemos sim, prevenir a depressão quando não a temos e reduzir muito seus sintomas quando a temos, com medidas simples, mas que parecem uma tortura para quem tem depressão. Vou falar um pouco sobre elas, sem, é claro, ter a pretensão de lhes dar uma lista de dicas para livrar-se da depressão como fazem as revistas fofoca com suas dietas milagrosas…
Quando se tem depressão é muito importante procurar um profissional especializado para trata-la. Sabe aquele ginecologista ou aquele clinico geral que lhe receita antidepressivos ou remédios para ansiedade, com certeza não são eles. O médico que trata depressão é o psiquiatra, não tenha medo que procurar um, garanto a vocês que eles não mordem.
Pronto, procurei um psiquiatra, ele me receitou algumas medicações, agora é sentar e esperar fazer efeito! MENTIRA! Infelizmente ainda não inventaram a pílula da felicidade, portanto, apenas tomar medicação não lhe tirará do estado de depressão, o medicamento é apenas um auxiliar, novamente tenho que dizer, “LEVANTE” “MEXA-SE”.
Infelizmente alguns médicos não encaminham seus pacientes depressivos para psicoterapia, o que é fundamental para o tratamento, é preciso olhar para dentro… mas a maioria dos médicos indica um tipo de psicoterapia, mas o paciente está tão ocupado em ficar parado, deitado, estagnado que não encontra tempo para si mesmo.
A psicoterapia nada mais é do que um processo de autoconhecimento, ou seja, quando você se conhece melhor, sabe como vai lidar com seus problemas, com atitudes concretas e não com lamentações. Sempre que puder, procure um psicólogo, mais uma vez lhes garanto, nós também não mordemos, somos gente como você, não temos poderes especiais, nem somos donos de supostos saberes como dizem por aí. Dentro da psicologia existem muitas abordagens, certamente você se adaptará a alguma delas, existem muitos profissionais da psicologia que podem lhe ajudar e você tem o direito de escolha o que é o mais importante. Você pode escolher um psicólogo menos convencional como eu que pareço um psicólogo saído de uma banda dos anos 60 direto para o século XXI até aquele mais ortodoxo que vemos estereotipados em filmes, que se vestem sempre de preto, ficam de costas para o paciente e repetem a famosa frase “fale-me mais sobre isso”
Poderia eu, citar aqui uma infinidade atitudes que você poderia tomar para se prevenir da depressão, ou para sair de um estado depressivo, mas não temos espaço suficiente. Posso somente lhe dizer, não fique aí parado, o problema tem solução, basta você correr atrás.
Quer conhecer um pouco mais sobre a depressão e patologias ligadas a ela? Acesse meu blog, lá todas as semanas temos novidades, novos assuntos e temas que podem ampliar nosso horizonte!
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Psicólogo em Curitiba
Tratamento para depressão em Curitiba
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Transtorno bipolar
Os conceitos de depressão e mania existem há séculos, e Hipócrates já havia descrito pacientes com melancolia, atribuindo-lhes causa biológica. Entretanto, somente a partir do século XIX ficou claro que depressão e mania representavam dois estágios de uma mesma doença.
Até o início dos anos oitenta, o transtorno do humor (ou afetivo) bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva, mas, a partir dos anos setenta, foram estudadas também formas mais leves de euforia, como a hipomania. Com isso, o termo psicose, que denotava maior gravidade, deixou de ser apropriado e não é mais usado nos diagnósticos.
A última edição da Classificação Internacional das Doenças (CID-10), realizada pela Organização Mundial de Saúde e publicada em 1993, foi fruto de investigações realizadas no mundo todo, adaptou-se mais à realidade clínica dos pacientes e possibilitou o diagnóstico de depressão e euforias com gravidade variável.
Chamamos de bipolares tipo I os pacientes que tiveram, pelo menos, uma fase de mania ou estado misto e de bipolares tipo II aqueles que, ao longo da vida, tiveram apenas hipomania, ou seja, euforias leves.
Apesar do transtorno bipolar ser conhecido há muitos anos, a falta de um tratamento eficaz facilitava a confusão do diagnóstico com esquizofrenia e, geralmente, levava à internação. O surgimento de tranquilizantes potentes e sais de lítio trouxe novo alento. Pacientes que tinham acesso ao tratamento preventivo com carbonato de lítio e muitos outros estabilizadores de humor que existem no mercado hoje, geralmente deixavam de ser reinternados. Foi ocorrendo uma gradativa descentralização do tratamento hospitalar para o ambulatorial, permitindo auxiliar pacientes com formas mais leves de euforia e depressão, antes pouco vistos ou diagnosticados com “neuróticos” (termo psicanalítico).
O aprimoramento do diagnóstico e o aparecimento de novos medicamentos impulsionaram a pesquisa sobre os transtornos do humor, principalmente na década de noventa. Conhecer melhor o diagnóstico, as causas e o tratamento permite aos pacientes a oportunidade de restaurar sua própria vida, na família, com os amigos, no trabalho e nos estudos.
O que são Transtornos do Humor?
Transtornos do humor (ou afetivos) são enfermidades em que existe uma alteração do humor, da energia (ânimo) e do jeito de sentir, pensar e comportar-se. Acontecem como crises únicas ou cíclicas, oscilando ao longo da vida. Podem ser episódios de depressão ou mania. Na depressão, a pessoa sente tristeza exagerada e desanimo, e, na mania, um aumento da energia e euforia anormal. A maioria dos pacientes sofre apenas de depressão(ões) e alguns também tem manias. O termo mania não significa “mania de fazer alguma coisa” ou algum tique – é simplesmente o nome que a ciência da para fase de euforia do transtorno bipolar. Às vezes, surgem sintomas depressivos e maníacos simultaneamente, os chamados estados mistos.
Os sintomas de euforia e depressão podem variar de um paciente a outro e no mesmo paciente, ao longo do tempo, muitas vezes confundindo-o e seus familiares.
Qual a frequência dos transtornos do humor e quem corre maior risco?
Os transtornos do humor atingem mais de 20% da população em algum momento da vida. As depressões são duas vezes mais comuns nas mulheres que em homens, iniciam-se, em geral, entre 20 e 40 anos de idade e vitimam 16% a 18% das pessoas. Transtornos do humor bipolares tipo I atingem igualmente 1% a 2% dos homens e mulheres e começam geralmente entre 15 e 30 anos de idade. Cerca de 30% da população pode desenvolver a forma bipolar tipo II, mais comum em mulheres. Apesar de pouco frequentes, os transtornos de humor atingem crianças, com sintomas ansiosos e irritabilidade predominantes.
Para se diagnosticar o Transtorno Bipolar?
Basta uma única fase de hipomania ou mania, precedida ou não de qualquer tipo de depressão, para diagnosticar transtorno do humor bipolar. Depois da primeira (hipo)mania, geralmente se alternam depressões e euforias, de intensidade variável. Existem quatro tipos de transtorno bipolar. Se houve, pelo menos, um período de mania ou estado misto, é bipolar tipo I; quando só ocorreram hipomanias – crises de euforia mais leves que mania – bipolar tipo II. O estado misto caracteriza-se pela superposição ou alternância em um mesmo dia de sintomas depressivos e eufóricos importantes. Na ciclotimia, alternam-se durante anos sintomas de depressão e de euforia ainda mais leves, que duram apenas alguns dias. Pode ser confundida com um jeito de ser “instável”, “cheio de altos e baixos” e frequentemente antecede sintomas depressivos e eufóricos mais graves.
Se a depressão, a mania ou o estado misto estiverem acompanhados de alucinações (sentir, ver ou ouvir algo que não existe) ou delírios (pensar algo irreal, como achar-se culpado de coisas que não fez, que está sendo perseguido, que possui poderes especiais, etc.), trata-se do subtipo psicótico.
O transtorno do humor bipolar também pode ser chamado de transtorno afetivo bipolar e já foi chamado doença maníaco-depressiva (termo que não se usa mais).
O que significa bipolar?
Os transtornos do humor podem acontecer ao longo da vida dentro de um curso unipolar ou bipolar. No unipolar, só ocorrem depressões e, no bipolar, depressão e mania. Pacientes que só tem manias são raros e contam como bipolares, porque costumam desenvolver depressão mais cedo ou mais tarde.
Quais são as causas do transtorno do humor bipolar?
Desconhecem-se as causas exatas do transtorno bipolar, mas, aparentemente, o fator genético é determinante. Existe uma interação complexa entre fatores ambientais e internos com graus variáveis de vulnerabilidade genética. Inúmeros estresses podem desencadear ou mesmo manter as primeiras crises. Dificuldades financeiras, doença na família, perda de uma pessoa importante, uso de drogas, de inibidores de apetite, parto, etc. podem desencadear a doença em pessoas pré-dispostas.
Parentes de primeiro grau de pacientes com transtorno bipolar do humor podem ter diferentes tipos de transtornos do humor: unipolar, bipolar tipo I ou II, ciclotimia ou distimia.
É muito comum a pessoa atribuir a acontecimentos importantes, a problemas financeiros, profissionais ou sócio familiares as razões para entrar em depressão ou (hipo) mania. É mais comum ainda que ao menos parte desses problemas seja consequência dos sintomas iniciais da doença, que se agravam a partir daí.
Vale lembrar mais uma vez, que apenas a medicação não leva a cura, a medicação é muito importante para controlar os sintomas, mas a psicoterapia em casos de transtorno bipolar é primordial, o remédio vai tratar o sintoma e a psicoterapia a causa, buscando assim a cura!
Psicólogo em Curitiba
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Transtornos do humor
Transtornos do humor (ou afetivos) são enfermidades em que existe uma alteração do humor, da energia (ânimo) e do jeito de sentir, pensar e comportar-se. Acontecem como crises únicas ou cíclicas, oscilando ao longo da vida. Podem ser episódios de depressão ou mania. Na depressão, a pessoa sente tristeza exagerada e desanimo, e, na mania, um aumento da energia e euforia anormal. A maioria dos pacientes sofre apenas de depressão(ões) e alguns também tem manias. O termo mania não significa “mania de fazer alguma coisa” ou algum tique – é simplesmente o nome que a ciência da para fase de euforia de um transtorno de humor. Às vezes, surgem sintomas depressivos e maníacos simultaneamente, os chamados estados mistos.
Os sintomas de euforia e depressão podem variar de um paciente a outro e no mesmo paciente, ao longo do tempo, muitas vezes confundindo-o e seus familiares.
Qual a frequência dos transtornos do humor e quem corre maior risco?
Os transtornos do humor atingem mais de 20% da população em algum momento da vida. As depressões são duas vezes mais comuns nas mulheres que em homens, iniciam-se, em geral, entre 20 e 40 anos de idade e vitimam 16% a 18% das pessoas. Transtornos do humor bipolares tipo I atingem igualmente 1% a 2% dos homens e mulheres e começam geralmente entre 15 e 30 anos de idade. Cerca de 30% da população pode desenvolver a forma bipolar tipo II, mais comum em mulheres. Apesar de pouco frequentes, os transtornos de humor atingem crianças, com sintomas ansiosos e irritabilidade predominantes.
Que tipos de transtorno do humor existem?
Os transtornos do humor podem ter frequência, gravidade e duração variáveis. Portanto, a depressão pode ser única ou recorrente (repetir-se varias vezes), de intensidade leve, moderada ou grave, e durar semanas, meses ou anos. Se os sintomas persistirem por anos, são chamadas de crônicas. Se for leve ou moderado, a pessoa ainda consegue realizar suas atividades com esforço, algo impossível se ela for grave. A maioria das pessoas que sofrem de depressão não acham que estão doentes porque não está gravemente deprimida, ou seja, incapacitada, desesperada ou angustiada. A distimia é um tipo de transtorno do humor com sintomas depressivos mais leves que os da depressão, porém duradouros e oscilantes, em que predominam irritabilidade e mau humor. Frequentemente é confundida com a personalidade da pessoa e costuma evoluir para depressão.
Qual a diferença de uma tristeza normal?
Sentimentos de alegria, tristeza, “fossa”, angústia ou luto fazem parte da vida. O deprimido percebe a diferença entre uma tristeza normal, que já sentiu antes, da tristeza da depressão, que significa sofrimento constante, que passa, mas retorna sem aviso prévio. A angústia reativa, devido a problemas situacionais, resolve-se com a solução das dificuldades. Quem tem uma depressão reativa consegue resolver os problemas e não os torna maiores do que são. Se estiver estressado ou muito cansado, vai aproveitar bem suas férias.
O deprimido aumenta as suas dificuldades, tem uma sensação de incapacidade e não consegue mais solucionar seus problemas – ou vê problemas onde não existem. O deprimido complica sua vida, torna-se muito sensível a tudo e percebe “patinar” em coisas anteriormente fáceis de resolver. Se sair de férias para descansar, leva a depressão junto.
Infelizmente, os transtornos de humor, estão se tornando cada vez mais comuns nos tempos em que vivemos. Primeiramente porque hoje eles são diagnosticáveis. Por exemplo, a 30 anos atrás, uma pessoa que se trancava em um quarto escuro e chorava por horas, não era diagnosticada como depressiva, muitas vezes a depressão, por exemplo, era vista como má vontade, ou mesmo preguiça, não que esse “pré conceito” não exista nos dias atuais.
Da mesma forma é preciso ter cuidado com diagnósticos precoces, não apenas para depressão, mas para todos os transtornos que nos afetam afetiva ou emocionalmente. A pouco tempo atrás a depressão era considerada uma epidemia, os laboratórios farmacêuticos lucraram muito com isso, porém, hoje se vê, que muitas daquelas pessoas não tinham a “doença” e usavam essas “drogas” sem necessidade, por isso, é importante procurar um profissional competente, para que não haja erros, pois um diagnóstico errado pode ser muito prejudicial para o paciente.
É de extrema importância ressaltar que a “pílula da felicidade” não existe, nenhuma medicação existente no mercado será capaz de resolver os seus problemas, a medicação deve ser usada como um auxiliar, apenas fazer uso de medicação e não fazer psicoterapia, não buscar um autoconhecimento, não o fará evoluir! Conhecer a si mesmo é necessário para o processo de cura!
Psicólogo em Curitiba
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