Transtorno bipolar
Os conceitos de depressão e mania existem há séculos, e Hipócrates já havia descrito pacientes com melancolia, atribuindo-lhes causa biológica. Entretanto, somente a partir do século XIX ficou claro que depressão e mania representavam dois estágios de uma mesma doença.
Até o início dos anos oitenta, o transtorno do humor (ou afetivo) bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva, mas, a partir dos anos setenta, foram estudadas também formas mais leves de euforia, como a hipomania. Com isso, o termo psicose, que denotava maior gravidade, deixou de ser apropriado e não é mais usado nos diagnósticos.
A última edição da Classificação Internacional das Doenças (CID-10), realizada pela Organização Mundial de Saúde e publicada em 1993, foi fruto de investigações realizadas no mundo todo, adaptou-se mais à realidade clínica dos pacientes e possibilitou o diagnóstico de depressão e euforias com gravidade variável.
Chamamos de bipolares tipo I os pacientes que tiveram, pelo menos, uma fase de mania ou estado misto e de bipolares tipo II aqueles que, ao longo da vida, tiveram apenas hipomania, ou seja, euforias leves.
Apesar do transtorno bipolar ser conhecido há muitos anos, a falta de um tratamento eficaz facilitava a confusão do diagnóstico com esquizofrenia e, geralmente, levava à internação. O surgimento de tranquilizantes potentes e sais de lítio trouxe novo alento. Pacientes que tinham acesso ao tratamento preventivo com carbonato de lítio e muitos outros estabilizadores de humor que existem no mercado hoje, geralmente deixavam de ser reinternados. Foi ocorrendo uma gradativa descentralização do tratamento hospitalar para o ambulatorial, permitindo auxiliar pacientes com formas mais leves de euforia e depressão, antes pouco vistos ou diagnosticados com “neuróticos” (termo psicanalítico).
O aprimoramento do diagnóstico e o aparecimento de novos medicamentos impulsionaram a pesquisa sobre os transtornos do humor, principalmente na década de noventa. Conhecer melhor o diagnóstico, as causas e o tratamento permite aos pacientes a oportunidade de restaurar sua própria vida, na família, com os amigos, no trabalho e nos estudos.
O que são Transtornos do Humor?
Transtornos do humor (ou afetivos) são enfermidades em que existe uma alteração do humor, da energia (ânimo) e do jeito de sentir, pensar e comportar-se. Acontecem como crises únicas ou cíclicas, oscilando ao longo da vida. Podem ser episódios de depressão ou mania. Na depressão, a pessoa sente tristeza exagerada e desanimo, e, na mania, um aumento da energia e euforia anormal. A maioria dos pacientes sofre apenas de depressão(ões) e alguns também tem manias. O termo mania não significa “mania de fazer alguma coisa” ou algum tique – é simplesmente o nome que a ciência da para fase de euforia do transtorno bipolar. Às vezes, surgem sintomas depressivos e maníacos simultaneamente, os chamados estados mistos.
Os sintomas de euforia e depressão podem variar de um paciente a outro e no mesmo paciente, ao longo do tempo, muitas vezes confundindo-o e seus familiares.
Qual a frequência dos transtornos do humor e quem corre maior risco?
Os transtornos do humor atingem mais de 20% da população em algum momento da vida. As depressões são duas vezes mais comuns nas mulheres que em homens, iniciam-se, em geral, entre 20 e 40 anos de idade e vitimam 16% a 18% das pessoas. Transtornos do humor bipolares tipo I atingem igualmente 1% a 2% dos homens e mulheres e começam geralmente entre 15 e 30 anos de idade. Cerca de 30% da população pode desenvolver a forma bipolar tipo II, mais comum em mulheres. Apesar de pouco frequentes, os transtornos de humor atingem crianças, com sintomas ansiosos e irritabilidade predominantes.
Para se diagnosticar o Transtorno Bipolar?
Basta uma única fase de hipomania ou mania, precedida ou não de qualquer tipo de depressão, para diagnosticar transtorno do humor bipolar. Depois da primeira (hipo)mania, geralmente se alternam depressões e euforias, de intensidade variável. Existem quatro tipos de transtorno bipolar. Se houve, pelo menos, um período de mania ou estado misto, é bipolar tipo I; quando só ocorreram hipomanias – crises de euforia mais leves que mania – bipolar tipo II. O estado misto caracteriza-se pela superposição ou alternância em um mesmo dia de sintomas depressivos e eufóricos importantes. Na ciclotimia, alternam-se durante anos sintomas de depressão e de euforia ainda mais leves, que duram apenas alguns dias. Pode ser confundida com um jeito de ser “instável”, “cheio de altos e baixos” e frequentemente antecede sintomas depressivos e eufóricos mais graves.
Se a depressão, a mania ou o estado misto estiverem acompanhados de alucinações (sentir, ver ou ouvir algo que não existe) ou delírios (pensar algo irreal, como achar-se culpado de coisas que não fez, que está sendo perseguido, que possui poderes especiais, etc.), trata-se do subtipo psicótico.
O transtorno do humor bipolar também pode ser chamado de transtorno afetivo bipolar e já foi chamado doença maníaco-depressiva (termo que não se usa mais).
O que significa bipolar?
Os transtornos do humor podem acontecer ao longo da vida dentro de um curso unipolar ou bipolar. No unipolar, só ocorrem depressões e, no bipolar, depressão e mania. Pacientes que só tem manias são raros e contam como bipolares, porque costumam desenvolver depressão mais cedo ou mais tarde.
Quais são as causas do transtorno do humor bipolar?
Desconhecem-se as causas exatas do transtorno bipolar, mas, aparentemente, o fator genético é determinante. Existe uma interação complexa entre fatores ambientais e internos com graus variáveis de vulnerabilidade genética. Inúmeros estresses podem desencadear ou mesmo manter as primeiras crises. Dificuldades financeiras, doença na família, perda de uma pessoa importante, uso de drogas, de inibidores de apetite, parto, etc. podem desencadear a doença em pessoas pré-dispostas.
Parentes de primeiro grau de pacientes com transtorno bipolar do humor podem ter diferentes tipos de transtornos do humor: unipolar, bipolar tipo I ou II, ciclotimia ou distimia.
É muito comum a pessoa atribuir a acontecimentos importantes, a problemas financeiros, profissionais ou sócio familiares as razões para entrar em depressão ou (hipo) mania. É mais comum ainda que ao menos parte desses problemas seja consequência dos sintomas iniciais da doença, que se agravam a partir daí.
Vale lembrar mais uma vez, que apenas a medicação não leva a cura, a medicação é muito importante para controlar os sintomas, mas a psicoterapia em casos de transtorno bipolar é primordial, o remédio vai tratar o sintoma e a psicoterapia a causa, buscando assim a cura!
Psicólogo em Curitiba
- Publicado por Acupuntura Auricular, Psicologia, Psicoterapia, Transtornos, Tratamentos
Transtornos do humor
Transtornos do humor (ou afetivos) são enfermidades em que existe uma alteração do humor, da energia (ânimo) e do jeito de sentir, pensar e comportar-se. Acontecem como crises únicas ou cíclicas, oscilando ao longo da vida. Podem ser episódios de depressão ou mania. Na depressão, a pessoa sente tristeza exagerada e desanimo, e, na mania, um aumento da energia e euforia anormal. A maioria dos pacientes sofre apenas de depressão(ões) e alguns também tem manias. O termo mania não significa “mania de fazer alguma coisa” ou algum tique – é simplesmente o nome que a ciência da para fase de euforia de um transtorno de humor. Às vezes, surgem sintomas depressivos e maníacos simultaneamente, os chamados estados mistos.
Os sintomas de euforia e depressão podem variar de um paciente a outro e no mesmo paciente, ao longo do tempo, muitas vezes confundindo-o e seus familiares.
Qual a frequência dos transtornos do humor e quem corre maior risco?
Os transtornos do humor atingem mais de 20% da população em algum momento da vida. As depressões são duas vezes mais comuns nas mulheres que em homens, iniciam-se, em geral, entre 20 e 40 anos de idade e vitimam 16% a 18% das pessoas. Transtornos do humor bipolares tipo I atingem igualmente 1% a 2% dos homens e mulheres e começam geralmente entre 15 e 30 anos de idade. Cerca de 30% da população pode desenvolver a forma bipolar tipo II, mais comum em mulheres. Apesar de pouco frequentes, os transtornos de humor atingem crianças, com sintomas ansiosos e irritabilidade predominantes.
Que tipos de transtorno do humor existem?
Os transtornos do humor podem ter frequência, gravidade e duração variáveis. Portanto, a depressão pode ser única ou recorrente (repetir-se varias vezes), de intensidade leve, moderada ou grave, e durar semanas, meses ou anos. Se os sintomas persistirem por anos, são chamadas de crônicas. Se for leve ou moderado, a pessoa ainda consegue realizar suas atividades com esforço, algo impossível se ela for grave. A maioria das pessoas que sofrem de depressão não acham que estão doentes porque não está gravemente deprimida, ou seja, incapacitada, desesperada ou angustiada. A distimia é um tipo de transtorno do humor com sintomas depressivos mais leves que os da depressão, porém duradouros e oscilantes, em que predominam irritabilidade e mau humor. Frequentemente é confundida com a personalidade da pessoa e costuma evoluir para depressão.
Qual a diferença de uma tristeza normal?
Sentimentos de alegria, tristeza, “fossa”, angústia ou luto fazem parte da vida. O deprimido percebe a diferença entre uma tristeza normal, que já sentiu antes, da tristeza da depressão, que significa sofrimento constante, que passa, mas retorna sem aviso prévio. A angústia reativa, devido a problemas situacionais, resolve-se com a solução das dificuldades. Quem tem uma depressão reativa consegue resolver os problemas e não os torna maiores do que são. Se estiver estressado ou muito cansado, vai aproveitar bem suas férias.
O deprimido aumenta as suas dificuldades, tem uma sensação de incapacidade e não consegue mais solucionar seus problemas – ou vê problemas onde não existem. O deprimido complica sua vida, torna-se muito sensível a tudo e percebe “patinar” em coisas anteriormente fáceis de resolver. Se sair de férias para descansar, leva a depressão junto.
Infelizmente, os transtornos de humor, estão se tornando cada vez mais comuns nos tempos em que vivemos. Primeiramente porque hoje eles são diagnosticáveis. Por exemplo, a 30 anos atrás, uma pessoa que se trancava em um quarto escuro e chorava por horas, não era diagnosticada como depressiva, muitas vezes a depressão, por exemplo, era vista como má vontade, ou mesmo preguiça, não que esse “pré conceito” não exista nos dias atuais.
Da mesma forma é preciso ter cuidado com diagnósticos precoces, não apenas para depressão, mas para todos os transtornos que nos afetam afetiva ou emocionalmente. A pouco tempo atrás a depressão era considerada uma epidemia, os laboratórios farmacêuticos lucraram muito com isso, porém, hoje se vê, que muitas daquelas pessoas não tinham a “doença” e usavam essas “drogas” sem necessidade, por isso, é importante procurar um profissional competente, para que não haja erros, pois um diagnóstico errado pode ser muito prejudicial para o paciente.
É de extrema importância ressaltar que a “pílula da felicidade” não existe, nenhuma medicação existente no mercado será capaz de resolver os seus problemas, a medicação deve ser usada como um auxiliar, apenas fazer uso de medicação e não fazer psicoterapia, não buscar um autoconhecimento, não o fará evoluir! Conhecer a si mesmo é necessário para o processo de cura!
Psicólogo em Curitiba
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